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21 de set. de 2012

Apátrida


Sou católico apostólico, não sei por que, romano;
Carrego o peso do pecado imaginário
Por vezes feito, praticado,
Outras, pensado, desumano.

Na verdade sou mineiro transitabirano ­_
Exímio imitante de Drummond...
Despatriado, expatriado,
Entre os montes, cabisbaixo, calado,
Falando com o mundo
Olhando pra todo o lado...
Gritando, chorando, um silêncio alado;

Sem pai e sem mãe, ninguém!
Gato-do-mato,
Alguém que se orgulhe dos versos que faço...
E  sufoquem ou sufocados, pois,
O mundo não pode respirar.

O pensamento oxigena o cérebro
“Definitivamente o homem não deve pensar”.

Viver, apenas, basta. Aquém de tudo, sem prestígio,
Gato-do-mato...
Sorte incasto.

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