Bom, agora eu sei
porque tive sobre mim os afagos das mãos da esperança
e a luz do sol clareando os caminhos.
Agora sei
porque fui levado pela inocência a apanhar flores entre espinhos...
Porque vivi os dias mais belos na companhia de uma amiga maravilhosa
_ uma mulher linda _ que tem generosidade nas atitudes e no olhar.
Eu vivia, embora não soubesse, junto à felicidade
sob olhar luminoso de um sol cálido
que tem o sorriso como um frescor de brisa.
Agora sei o que é o amor.
E conheço do amor todos os sentidos
embora não tenha dele o fruto colhido
tampouco tenha do seu perfume usufruído
e do sabor exótico provado, divinal...
Contudo, exultou-me a vida conhecê-lo.
E ainda meu olhar e meu coração jubilam-se ao vê-lo.
Fruto temporã
que desde a infância cobiço e minhas mãos não alcançam
que tão cedo amadureceu e tão tarde se me apresentou sua forma, sua cor,
seu perfume...
e ocultou-me cruelmente o conhecer na amplitude sua beleza...
e o conceber a concepção aos sentidos toda percepção do seu sabor.
Agora crescido, engenheiro estrategista, ainda cobiço
o fruto da árvore amor;
e ainda tão debilitado e ingênuo sou
quanto a antiga criança
o velho homem, criança que errou.
Agora sei que o amor é a inocência que doma o homem;
é a caça que aprisiona o caçador.
Agora sei:
o sol é mais perfeito que o arco-íris
porque é magnífico e constante.
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