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24 de set. de 2012

Vento na Pereira

Ao meio dia o vento sacudiu a árvore.
A árvore estremeceu ao ver
Oscilar entre as folhas arrancadas pelo tempo
Um rebento que não era seu.

O homem sempre hesita
_ por mais maduro seja _
Na impossibilidade de conter o vento,
Que dirá o tempo! que dita a sua peleja, que
Com suas mãos pesadas ajunta e colhe,
Estolhos expostos ao tempo
E consome a sua beleza.

Há meio dia; e vento sacode a árvore
A árvore sacode o homem
O homem sacode os tempos
O tempo a tudo revira
E colore novos rebentos.

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